segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Participantes


                                     
Alexandre Da Lozzo - nº:01
Bruno Takassi - nº:03
Gustavo Bento - nº:09
Mateus Palma - nº:21

2ºanoB- EM                      











        

Conclusão

A discussão levada no feito desse trabalho nos mostrou que a luneta é um instrumento de grande importância para a humanidade, já que no século XVI mostrou à Galileu Galilei importantes novidades sobre o espaço, e nas diferentes e incríveis modos aonde podemos utilizar a luneta, tanto para o estudo quanto até numa simples brincadeira de criança. Lunetas e telescópios revolucionaram nossa compreensão sobre nós, nosso lugar no cosmos e nossa noção de quem somos e de onde viemos. Nos últimos 400 anos, a ciência e a tecnologia trabalharam intensamente para transformar estes incríveis instrumentos em umas das melhores e mais sofisticadas formas de explorar o imenso e desconhecido universo.

A história da luneta


No século XVI, cientistas faziam observações astronômicas a olho nu equipamentos pouco eficientes. No início do século XVII, Hans Lippershey (1570-1619),  alemão, fabricante de lentes, foi o primeiro a registrar um projeto de luneta, tornando este invento disponível para uso geral em 1608. Antes dele, já se conhecia o vidro (descoberto por volta de 3500 a. C) e a sua propriedade de ampliar as imagens. Os gregos também já conheciamos espelhos e tinham noções sobre o fenômeno da refração, que foi estudado pelo Monge Franciscano Roger Bacon, anos mais tarde. Por isso, acredita-se que antes de Lippershey outras lunetas já haviam sido construídas, porém não foram registradas.




Em 1609, Galileu Galiei construiu sua própria luneta e a utilizou para observar o céu, Tratava-se dum aparelho ótico rudimentar, que pode ser considerado o percursor dos modernos telescópios. O mês de Janeiro de 1604 ficou para a história da astronomia, como a data em que, através dela, o célebre sábio de Florença descobriu as quatro mais importantes luas de Júpiter – Io, Europa, Ganimedes e Calisto, por ordem de proximidade ao planeta. assim nasceu a luneta astronômica, equipamento que revolucionou a astronomia. As Lunetas são instrumentos destinados à observação de objetos distantes. Podem ser encontradas em dois tipos distintos: Luneta astronômica ou Luneta terrestre.

Tipos de Luneta

-Luneta do tipo Galileu: A luneta é um tipo de telescópio refrator, mas antigamente, era usada como brinquedo para observar as pessoas que estavam muito distantes. Quando Galileu soube disso, trocou as lentes e usou para observar os astros.

-Luneta de Kepler: A Luneta que foi inventado por Kepler tem suas vantagens, mas também tem suas desvantagens. 
Uma das grandes vantagens da Luneta de Kepler é a área visível na ocular, que ocupa a ocular toda. Isto ajuda muito para a visualização e à fácil maneira de então encontrar as estrelas ou planetas. A Luneta de Kepler é muito útil para se ver as estrelas ou planetas, pois não é importante ver os planetas na ordem correta. A luneta de Kepler mostra a imagem invertida, mas é mais fácil de focar e encontrar os planetas e estrelas. 
Há muitas desvantagens, pois para ver as imagens na Terra, a imagem fica invertida. A luneta de Kepler sempre será maior para o mesmo aumento da Luneta de Galileu.

-Luneta Astronomica: Chamamos de luneta astronômica todo instrumento óptico que tem por finalidade realizar observações de astros (planetas) e estrelas. Podemos dizer que a luneta astronômica possui o mesmo princípio de funcionamento do microscópio composto. A diferença básica entre eles é que a lente objetiva é uma lente muito maior cuja distância focal está na ordem de metros, enquanto que a lente ocular possui distância focal na ordem de centímetros.

-Luneta Terrestre: É a primeira luneta, inventada por Hans Lippershey. Essa luneta tinha como objetivo a ampliação de objetos na superfície terrestre.

A luneta de Galileu Galilei

Galileu foi o primeiro a fazer uso científico do telescópio, ao fazer observações astronômicas com ele. Descobriu assim que a Via Láctea é composta de miríades de estrelas (e não era uma "emanação" como se pensava até essa época), descobriu ainda os satélites de Júpiter, as montanhas e crateras da Lua. Todas essas descobertas foram feitas em março de 1610 e comunicadas ao mundo no livro Sidereus Nuncius ("O Mensageiro das Estrelas") em março do mesmo ano em Veneza . A observação dos satélites de Júpiter, levaram-no a defender o sistema heliocêntrico de Copérnico.

                                      


A mesma é formada por uma lente convergente (plano-convexa ou biconvexa) funcionando como a objetiva e uma lente divergente (plano-côncavo ou bicôncava) servindo como ocular. A lente ocular intercepta os raios convergentes provenientes do objeto, tornando-os paralelos e formando assim uma imagem virtual, ampliada e reta.

Luneta Meridiana

A luneta Meridiana é usada na astronomia de posição,é o ramo da Astronomia que lida com a posição das estrelas e outros corpos celestiais, suas distâncias e movimentos. 

A luneta é provida de um retículo e é montada sobre um eixo orientado ao longo da linha Leste-Oeste, de modo a mover-se somente no plano meridiano do local. 
Trata-se, portanto, de um instrumento voltado exclusivamente para observar astros durante sua passagem meridiana. Como o instrumento aponta unicamente ao longo do meridiano local, o observador depende da rotação da Terra para que o astro alvo entre no campo de visão da luneta. A luneta meridiana permite a medida tanto da altura quanto da hora em que o astro cruza o meridiano local. Assim, mede-se com precisão as coordenadas do astro no sistema de coordenadas horizontais.

Luneta astronômica e telescópio

O telescópio refrator, também chamado de luneta astronômica é um instrumento utilizado para observar objetos muito distantes. Em 1610, ele foi aprimorado pelas mãos do físico e astrônomo Galileu Galilei. Possui duas lentes do tipo convergente.

O funcionamento do aparelho pode ser explicado ao se analisar o comportamento da luz ao passar por essas lentes. A primeira lente que a luz encontra é a Objetiva, que ao receber os raios luminosos forma uma imagem real e invertida em um de seus focos. A segunda lente é a ocular que utiliza como seu objeto a imagem da lente objetiva. A ocular tem como finalidade aumentar a imagem formada pela primeira lente, de maneira que o observador possa visualizá-lá. A imagem formada pela lente ocular é vista pelo operador do telescópio será do tipo virtual e invertida.



As lentes usadas nos primeiros telescópios (ou luneta astronómica é um instrumento que permite estender a capacidade dos olhos humanos de observar e mensurar objetos longínquos. Permitindo ampliar a capacidade de enxergar, como seu nome indica, através da coleta da luz dos objetos distantes, da focalização dupla dos raios de luz coletados em uma imagem óptica real e sua ampliação geométrica) utilizavam lentes que causavam nas imagens formadas uma dispersão das cores. Esse fenômeno é chamado de aberração cromática. Em 1759, John Dollond, físico nascido na Inglaterra, solucionou essa imperfeição com a invenção da lente objetiva acromática. Ela é formada por duas lentes, uma bi-convexa e outra plano-côncava. A aberração cromática é corrigida, uma vez que o efeito provocado por uma das lentes é corrigido pela outra.


Ampliação angular:


A ampliação angular de um telescópio ( mθ )é a razão entre o ângulo formado pela imagem produzida pelo telescópio e o ângulo dos raios luminosos provenientes do objeto distante em relação à visão do observador. Se levarmos em conta somente os raios limítrofes ao eixo central podemos dizer que:







Luneta terrestre e binóculo

Quando vamos analisar algum objeto na Terra é mais agradável utilizarmos as lunetas terrestre pois torna direita a imagem final em vez de tornar a imagem final em invertida. A luneta de Galileu é uma luneta terrestre que utiliza uma lente divergente, de pequena distância focal, como ocular. A imagem I1 fornecida pela objetiva está em seu plano focal imagem pois o objeto está muito afastado. A lente divergente é disposta entre a objetiva e a imagem I1. Essa imagem é um objeto virtual para a lente divergente, situando-se entre seu foco principal objeto F2 e seu ponto antiprincipal objeto C2. A imagem final I2 é direita em relação ao objeto visado (Fig.1).


O binóculo é constituído por duas lunetas terrestres. Cada uma delas possui lentes objetiva e ocular e um conjunto de dois prismas de Porro, que promovem a inversão da imagem final. As arestas desses prismas são dispostas ortogonalmente e com faces-hipotenusas paralelas.

No prisma de Porro os raios emergem em ordem contrária à dos raios incidentes. A imagem de um objeto pela objetiva é invertida e, além disso, a direita e a esquerda aparecem trocadas. O 1° prisma endireita a imagem, mas não troca a direita pela esquerda e vice-versa. Essa troca é efetuada pelo 2° prisma. A ocular funciona como lupa, fornecendo uma imagem final exatamente igual ao objeto, e ampliada.

Luneta nas Armas de Fogo

Miras telescópicas, popularmente chamadas de lunetas, são dispositivos óticos destinados a facilitar e melhorar a precisão dos impactos de projéteis disparados por armas de fogo, ou até mesmo de armas de ar comprimido, principalmente em tiros de longa distância. Elas são muito similares a telescópios refrativos comuns, porém equipados com alguns dispositivos destinados especificamente ao uso como aparelho de pontaria.

O emprego das lunetas, principalmente em armas longas, existe de longa data, pois se tem conhecimento da existência delas desde o século 17, instrumentos rústicos, a bem da verdade. Mas só a partir de 1835 a 1840 é que se tem notícia de que os inventores norte-americanos Morgan James e William Malcolm haviam desenvolvido suas lunetas com relativo sucesso e com bom desempenho. Aliás, atribui-se a Malcolm, por volta de 1855, a criação da primeira mira telescópica com retículo regulável internamente. As miras desenvolvidas por Malcolm tornaram-se padrão em uso militar nos USA por volta da Guerra Civil (1860-1865), onde eram utilizadas pelos “snipers” (atiradores de elite) da época. 

Afirma-se que o Major General John F. Reynolds, do Exército da União, foi morto por um atirador de tocaia do Exército Confederado, posicionado sobre uma árvore e armado com um fuzil equipado com uma dessas lunetas. Foi um tiro certeiro na nuca, quando o General se encontrava montado em seu cavalo, durante a batalha de Gettysburg, em julho de 1863. 

Miras telescópicas são normalmente classificadas e designadas baseadas no índice de aumento e no diâmetro de sua objetiva. Por exemplo, uma luneta designada como 10X50 significa uma lente com 10X de aumento (magnitude) e objetiva de 50mm de diâmetro. Neste caso trata-se de uma luneta de magnitude fixa. Nos modelos de magnitude variável, as chamadas lentes “zoom”, a nomenclatura é expressa assim: 6-24X40 (magnitude de 6 a 24X, com objetiva de 40mm de diâmetro). 
A magnitude é o índice de aumento que uma lente proporciona. Se uma determinada lente é de magnitude 6, significa que um objeto observado através dela se apresentará ao olho humano como se estivesse 6 vezes mais perto, ou tendo seu tamanho aumentado em 6X. Imagine-se um alvo circular, posicionado a 50 metros de distância do atirador, com 20cm de diâmetro. Observado a olho nu, será um objeto muito difícil de ser visualizado. Utilizando-se uma mira telescópica de 10X de magnitude, o mesmo alvo observado através dela se apresentará ao atirador como se ele estivesse posicionado a cerca de 5 metros de distância, onde esse mesmo alvo de 20 cm de diâmetro seria facilmente observado a olho nu. 

Construção:
No desenho acima podemos ver como é a construção de uma mira telescópica atual, de magnitude fixa. A objetiva é o lado que fica voltado ao alvo e a ocular, voltado ao olho do atirador. Um retículo é montado na extremidade de um segundo tubo (interno) existente no interior do tubo externo. Falaremos de retículos mais adiante, mas eles são basicamente compostos de dois fios posicionados em formato de uma cruz, para servirem de referência à pontaria. Dentro do tubo interno também estão as lentes destinadas a inverter a imagem e as lentes oculares, por onde sai a luz que entrou pela objetiva.

Retículo:
Os retículos são dispositivos internos das lunetas destinados a fornecer ao atirador todos os recursos para a precisão do tiro. Os mais comuns são os do tipo “cross-hair“, duas finas linhas cruzadas feitas em aço. Há retículos para várias atividades tais como para uso militar, para cálculo de distância, para a caça esportiva, para o tiro esportivo, com correções de queda do projétil, etc. 

O retículo tipo “mil-dot“, por exemplo, muito em moda hoje em dia, ajuda no cálculo da distância atirador-alvo, de forma muito rápida e simples.



O modelo SVD é de uso militar, onde uma escala é exibida baseada em um alvo de uma pessoa de 1,70m de altura; com a ajuda das escalas ali fornecidas, o atirador com o alvo humano em mira saberá determinar a distância que o alvo se encontra.

Como construir uma Luneta

Você vai precisar basicamente de:

  • duas garrafas pet iguais de 1,5L ou 2,0L 
  • estilete 
  • lupa com aproximadamente o mesmo tamanho do diâmetro da garrafa pet 
  • tinta preta 
  • fita isolante 
  • lente ocular 

Agora o passo-a-passo:
Comece cortando a base de umas das garrafas pet, em seguida corte a base da outra garrafa e a parte de cima de aonde fica o rotulo da garrafa, após isso pinte ela de preto, depois pegue a lupa que tenha o mesmo tamanho do corte que você fez na base da 2ª garrafa e prenda-a com fita isolante no corte da base e em seguida pegue a outra garrafa e prenda a lente ocular na tampa da garrafa. Junte as duas peças e você consiguirá ver tudo maior.

Para ver certinho de como fazer, assista o vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=YIGWLdIr7JY

Curiosidade

300 anos depois da luneta de Galileu Galilei a luneta equatorial de 21cm , hoje sob guarda do museu, foi adquirida em 1910 da Casa Gustav Heyde, Alemanha, para equipar o Observatório Nacional, no Morro do Castelo. Em 1922, essa luneta foi transferida para a nova sede do Observatório Nacional, no Morro São Januário, em São Cristóvão, onde se encontra até hoje.



 Entre 1968 e 1970, o Observatório Nacional participou do programa Apollo, responsável pela ida do homem à Lua, na observação de fenômeno de curta duração de luminescência na superfície lunar. A observação era feita durante a noite toda, em grupos, e a Luneta Equatorial de 21cm foi um dos instrumentos utilizados. Se fosse notado algum tipo de luminescência na superfície da lua, enquanto os astronautas estavam lá, era comunicado à Embaixada Americana, que transmitia à Nasa. Esse foi um tipo de programa mundial de observação dos fenômenos da Lua. Além disso, esse instrumento foi utilizado na observação da passagem de estrelas pelo plano meridiano, com o objetivo de determinar a hora média no Rio de Janeiro. Com esse instrumento, o astrônomo media a duração do movimento de rotação da Terra. Hoje esse instrumento está disponível para o atendimento ao público. A facilidade em manuseá-lo, por ser uma luneta menor do que as outras duas de mesma tipologia existentes no campus, faz com que ele seja muito procurado pelos visitantes do museu. Com a ajuda desta luneta é possível ver o céu bem mais próximo de nós.

Luneta Equatorial de 21cm